Educação Maker: metodologias ativas como atividade curricular 

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Por meio da Educação Maker, é possível trilhar caminhos criativos para que crianças do Ensino Fundamental I cresçam aprendendo com experiências ricas e engajadoras. Mais do que ser um caminho alternativo, onde diversão e conhecimento se encontram, essa abordagem mais próxima do aluno não precisa ser algo extracurricular.  

A Educação Maker — ou Cultura Maker — traz o termo derivado do inglês que significa “fazer” e todas as atividades são focadas no conceito “mão na massa”, ou seja, o objetivo é ensinar teorias por meio de atividades práticas. Cada vez mais, a Educação Maker é incorporada às escolas e ao mercado de trabalho, pois essa abordagem colabora para que todas as pessoas envolvidas desenvolvam pensamento crítico, a criatividade, exercitem a resolução de problemas e muito mais.   

Dentro da Cultura Maker, encontramos diversas Metodologias Ativas, onde o aluno, durante as atividades propostas, se torna o protagonista do seu processo de aprendizagem e ainda é estimulado a realizar pesquisas. O conhecimento encanta e atrai, tudo porque a forma como os conteúdos são trabalhados é cativante.  

Diante de tantos benefícios, nos perguntamos: por que manter a Educação Maker apenas como algo extracurricular? Continue lendo esse artigo e descubra como levar metodologias ativas para dentro da sua sala de aula.

Espaço Maker dentro da sala de aula 

Mesmo que não seja intencional, o termo ‘Espaço Maker’ pode trazer a ideia de que a abordagem mão na massa precisa de um espaço extraclasse para ocorrer. Isso faz com que a utilização desse método de ensino se restrinja a execução de atividades extracurriculares.  

Estamos aqui para lhe contar que é possível proporcionar o Espaço Maker dentro da sua sala de aula, onde, certamente, é o melhor lugar. Para implantar a Educação Maker, é necessária uma adaptação de todos os envolvidos, de forma que o processo ocorra de forma gradual e planejada. 

Um ponto importante é ter muito bem definido o objetivo final e como serão os trabalhos, atividades e profissionais envolvidos para que a Cultura Maker seja inserida nas aulas de forma efetiva. Além disso, é preciso avaliar a estrutura necessária para que as atividades sejam desenvolvidas da melhor maneira.

A importância da Educação Maker nas salas de aula

Trabalhar com a Educação Maker e Metodologias Ativas é uma maneira de tornar os alunos protagonistas do seu próprio aprendizado. Com as atividades mão na massa alinhadas com a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), é possível promover dinâmicas que instiguem a curiosidade, propiciem momentos de reflexão a respeito do mundo que vivem, explorem a criatividade, o raciocínio e elaborem soluções práticas para diferentes problemas.  

Para que isso ocorra, é essencial que o professor se reinvente constantemente e pesquise estratégias para atingir os objetivos de cada atividade. Para ajudar nesse processo de trazer a cultura maker para dentro da sala de aula, existe a plataforma Experimentando a BNCC.

Experimentando a BNCC: Cultura Maker na sala de aula

A plataforma Experimentando a BNCC é um recurso educacional aberto e totalmente gratuito desenvolvido pela Escola de Inventor, que possui o objetivo de ajudar professores do Ensino Fundamental I a inserirem atividades mão na massa dentro da sala de aula, com planos de aula em vídeo que abrangem todas as habilidades específicas de Ciências da Natureza da BNCC. 

Todas as atividades propostas são voltadas para a sala de aula, complementando o conhecimento teórico e permitindo que a criança entenda Ciências de uma forma prática. Para cada ensinamento proposto na BNCC, a plataforma propõe uma atividade para que os professores trabalhem com os alunos em aulas regulares de Ciências.  

A Escola de Inventor busca Secretarias de Educação que tenham interesse em receber acompanhamento para implementação do conteúdo disponível na plataforma Experimentando a BNCC de forma 100% gratuita, incluindo a formação dos professores, acompanhamento e suporte durante todo o ano de 2024.  

Transforme o jeito de ensinar ciências em sala de aula. Entre em contato conosco:  

E-mail: contato@escoladeinventor.com.br 
WhatsApp: 16 98131-3197

Cultura Maker: como implementar atividades mão na massa seguindo a BNCC? 

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Saber o que ensinar em Ciências pode ter ficado mais simples após a criação da BNCC (Base Nacional Comum Curricular), um documento normativo que define os conteúdos essenciais a serem trabalhados em todos os níveis de ensino nas escolas brasileiras. O objetivo da BNCC é garantir a aprendizagem e o desenvolvimento pleno dos estudantes brasileiros, a fim de promover a igualdade no sistema educacional. 

O ensino de conhecimentos científicos não precisa ser maçante e nem conteudista, sendo possível melhorar a experiência em sala de aula e colaborar na construção de uma sociedade mais empática e com adultos mais criativos. A Escola de Inventor identificou como potencializar o aprendizado do aluno no que diz respeito às Ciências a partir de atividades mão na massa por meio da Cultura Maker. 

A partir desse princípio, desenvolveu a plataforma Experimentando a BNCC, que é aberta, totalmente gratuita e voltada para o Ensino Fundamental I. Entenda agora como experimentar a BNCC de forma prática e com atividades mão da massa!

BNCC e Cultura Maker

A Cultura Maker surgiu nos Estados Unidos nos anos 60 e tem como princípio trabalhar atividades que estimulem a criatividade, inovação, colaboração e empreendedorismo. Isso porque as tarefas são projetadas para estimular a resolução de problemas atuais, proporcionando um ambiente propício para o surgimento de ideias inovadoras e soluções criativas durante as aulas.  

Parece incrível, não é? No entanto, historicamente, esse modelo de ensino sempre foi visto como adequado apenas para atividades extracurriculares ou à educação não formal. O que nós precisamos reforçar é que a Cultura Maker é uma excelente oportunidade de construir e personalizar experiências em sala de aula.  

Por meio da plataforma Experimentando a BNCC — e a partir das habilidades essenciais que constam no documento oficial — é possível trazer as atividades mão na massa para dentro da sala de aula!

Experimentando a BNCC com atividades mão na massa

A plataforma Experimentando a BNCC possui planos de aulas em vídeos com atividades mão na massa alinhadas a cada uma das habilidades específicas de Ciências da Natureza recomendadas pela Base Nacional Comum Curricular.  

Então, vejamos: de acordo com a BNCC, no segundo ano do Ensino Fundamental (EF02CI04), o aluno deve aprender a descrever características das plantas e animais —como o tamanho, a forma, a cor, fase da vida, local onde se desenvolvem, entre outros pontos — que fazem parte do seu cotidiano e relacioná-las ao ambiente em que vivem.  

A atividade que elaboramos para desenvolver essa habilidade é “Quais folhas encontro pelo caminho?”, que traz uma maneira de transformar esse conteúdo em mão na massa, com algo mais interativo e que colabore com a aprendizagem significativa da criança. 

O objetivo é construir um catálogo de folhas — a partir das plantas da casa do aluno ou de um local escolhido pelo professor. Após isso, eles vão desenhar em um papel as folhas escolhidas, desenvolvendo a habilidade proposta de acordo com a BNCC e aproveitando a oportunidade para os alunos exercitarem a criatividade.  

Ao acessar nossas videoaulas, perceba a possibilidade de vincular os conteúdos com qualquer material escolar, uma vez que as atividades desenvolvidas têm a BNCC como guia.

Experimentando a BNCC na sua escola

A plataforma Experimentando a BNCC é um recurso educacional aberto e totalmente gratuito desenvolvido pela Escola de Inventor, que possui o objetivo de ajudar professores do Ensino Fundamental I a inserirem atividades mão na massa dentro de sala de aula, com planos de aula em vídeo que abrangem todas as habilidades específicas de Ciências da Natureza da BNCC. 

Para isso, a Escola de Inventor busca Secretarias de Educação que tenham interesse em receber acompanhamento para implementação do conteúdo disponível na plataforma de forma 100% gratuita, incluindo a formação dos professores, acompanhamento e suporte durante todo o ano de 2024.  

Transforme o jeito de ensinar Ciências em sala de aula. Entre em contato conosco:  

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WhatsApp: 16 98131-3197

Formação de professores: Espaço Maker para aulas de ciências mais interativas 

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As aulas de ciências são de extrema importância para formar pessoas que consigam ler criticamente o mundo. Entretanto, não é uma tarefa fácil promover a autonomia e manter a atenção e o interesse dos estudantes. O conceito de Espaço Maker pode ajudar com isso, contribuindo com aulas de ciências mais interativas, dinâmicas e focadas em resoluções de problemas.  

A formação de professores para aulas mais interativas

A formação de professores deve considerar as principais dificuldades encontradas no processo de estimular a atenção e o interesses dos alunos. Além disso, deve-se investigar o que leva os educadores a não se sentirem confiantes para ensinar ciências do Ensino Fundamental I. 

Conforme um estudo feito por pesquisadores da Universidade Federal de Lavras (UFLA) e publicado na “Devir Educação”, uma das respostas tem relação com formação inadequada, de modo que “[…] a formação continuada poderia auxiliar a mudar essa realidade”.   

Como foi que esses cientistas chegaram nessa conclusão? Eles criaram um questionário e entrevistaram docentes de uma escola de Goiás. Assim, concluíram que uma das explicações para a insegurança em sala de aula tem a ver com: 

Os professores dos anos iniciais apresentam uma formação limitada em relação aos conteúdos científicos, o que confere pouca segurança para desenvolverem atividades nas aulas de ciências do Ensino Fundamental I”. 

Aqui entra um dos pontos mais interessantes. Eles comentaram que, muitas vezes, os professores precisam ensinar conteúdos que não fizeram parte da sua formação acadêmica. Ou seja, eles nunca tiveram contato com aqueles temas ou métodos. 

O mesmo assunto é contextualizado em um artigo publicado nos periódicos da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR). As autoras comentam que o acesso à educação científica e tecnológica é um direito de todos na atualidade. 

Ou seja, de um lado temos o entrave de ensinar algo que não foi aprendido antes. De outro, a importância disso, inclusive, como direito de todos. Então, o que fazer? Sem dúvidas, a educação continuada de professores é uma das respostas para a pergunta. 

A BNCC na formação continuada dos professores 

A BNCC é a Base Nacional Comum Curricular, um documento normativo que define os processos de aprendizagem para os alunos, indicando etapas e modalidades da educação básica. O principal objetivo é definir competências e habilidades a serem desenvolvidas a partir dos conhecimentos curriculares. 

Atualmente, todas as redes de ensino adequaram seus métodos a partir da BNCC, sendo uma referência para as novas necessidades dos estudantes. Do mesmo jeito, gera possibilidades para criar ambientes mais propensos a resolução de problemas. 

E quando fazemos um paralelo com o estudo dos pesquisadores da UFLA, notamos que incorporar práticas atuais na sala de aula ainda é um desafio. “Evidenciamos que os docentes, […] também admitiram falhas em sua formação inicial e continuada”. 

Ainda que, conforme artigo da UTFPR, o incentivo às novas tecnologias contribui para o desenvolvimento intelectual das crianças, auxiliando na aprendizagem de todas as áreas, 

“[…] Torna-se essencial uma formação de professores consistente e contínua, aliada a uma cultura de trabalho coletivo entre os pares na escola e o compromisso com a realização de um ensino de ciências de qualidade”, conforme autoras do artigo da UTFPR. 

Então, a reflexão que fazemos é: onde buscar essa qualificação profissional, adjacente a formação de professores? Afinal, são oportunidades que auxiliam na maximização do conhecimento científico e transposição didática. A resposta está a seguir.  

O Espaço Maker para aulas de ciências mais interativas 

O Espaço Maker está ligado aos conceitos de Cultura Maker e Educação Maker. 

  • Cultura Maker – surgiu nos Estados Unidos na década de 1960 com atividades que estimulam a criatividade, colaboração e empreendedorismo. Saiba mais.  
  • Educação Maker – forma de educar com caminhos para que as crianças aprendam com experiências ricas e engajadoras. Entenda mais sobre o conceito aqui.

A partir disso, o Espaço Maker pode ser definido como uma nova sala de aula. Certamente, um lugar adaptado para que o processo de ensino-aprendizagem aconteça de maneira gradual, planejada, autônoma e incentivadora

É um mundo em que os alunos se tornam protagonistas da educação, integrando disciplinas e métodos, construindo pontes entre a capacidade de aprender e a busca por soluções práticas

O Espaço Maker é um dos instrumentos usados na plataforma Experimentando a BNCC, que você conhecerá no tópico a seguir. 

Experimentando a BNCC na formação de professores 

O professor deve estar preparado para dar suporte aos alunos e criar aulas de ciências mais interativas, tanto para reter a atenção deles quanto para incentivar os novos métodos. 

Essas condições favorecem a “promoção de educação científica voltada para a cidadania rumo a construção de uma sociedade mais democrática”, como concluíram os pesquisadores da UFLA. 

A Experimentando a BNCC é uma plataforma que apoia o ensino-aprendizagem mais dinâmico em sala de aula. Tem como principal característica as atividades “mão na massa”, alinhadas aos tópicos gerais da BNCC. 

Ao ter esse conhecimento, os professores terão mais confiança para entregar atividades que permitam aos alunos aprender ciências de maneira mais interativa. O que é importante, também, para aguçar o senso crítico sobre todos os temas das ciências. 

Os alunos são encorajados a serem mais participativos por meio de metodologias ativas que dão a eles autonomia durante os anos do Ensino Fundamental I. 

Experimentando a BNCC faz parte da Escola do Inventor, uma fonte gratuita de ideias para incentivar a formação de professores de maneira contínua e integrada. As atividades “mão na massa” podem ser acessadas gratuitamente na plataforma. 

Logo, um recurso educacional para a sua escola, promovendo a confiança dos professores e incentivando os estudantes a serem mais ativos. Para saber mais sobre como transformar as aulas de ciências em fontes interativas de aprendizagem, entre em contato: 

E-mail: joao@escoladeinventor.com.br / WhatsApp: 16-98131-3197. 

Aprendizagem criativa: a ciência de maneira divertida e engajadora

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Existem métodos que permitem relacionar conteúdos curriculares da disciplina de ciências de maneira mais divertida e engajadora para os alunos. Um deles é a aprendizagem criativa, que incentiva experimentos e experiências na construção e manipulação do conhecimento. 

O seu principal entusiasta é Seymour Papert, um teórico que deixou muitos estudos publicados sobre os saberes dos estudantes e a motivação para aprofundá-los na prática. Portanto, se você tem interesse em ter uma sala de aula mais dinâmica, continue lendo. 

O que é a aprendizagem criativa?

Essa abordagem pedagógica sugere a criação de ambientes mais divertidos, que encorajem o conhecimento. Como consequência, permite uma aprendizagem mais lúdica, mais criativa e mais relevante.  

Sabe aquela ideia de aprender se divertindo? Essa é uma boa definição para aprendizagem criativa. Para tanto, há alguns princípios: 

  • Projetos, 
  • Paixão, 
  • Pares e 
  • Pensar. 

Essas indicações não têm ordem, podendo acontecer instantaneamente. Além disso, permite-se a inclusão de teorias conhecidas, novas experiências, reflexões pessoais e mais. É como um laboratório vivo, sem teto nem parede. É a prática e a teoria de mãos dadas! 

Alguns teóricos dizem que para esse tipo de processo acontecer, ele precisa ser em modo circular, como um espiral. Isto é, bem diferente do processo educacional linear e tradicional. Assim, usar materiais, ideias e inovação pode ser a melhor ideia na aula de Ciências. 

Atualmente os alunos já são protagonistas de suas próprias vidas, inclusive, com celulares nas mãos e a possibilidade de compartilharem suas criações. Na escola, eles também devem manter essa postura, sem ficar à mercê de uma didática tradicionalista que impossibilita novas descobertas. 

O construcionismo de Seymour Papert

Para embasar a teoria da aprendizagem criativa, ninguém melhor do que Seymour Papert. Ele está por trás dos principais estudos sobre o construcionismo, isto é, conjunto de ideias sobre o uso da tecnologia na criação de ambientes educacionais mais divertidos e engajadores. 

O conceito surgiu na década de 1960 a partir de uma síntese de Piaget com as novas tecnologias que estavam surgindo e emergindo nesses anos. Assim, nasceu o que seria a educação contextualizada, integrando conhecimento para aplicar em soluções. 

Um dos pontos mais interessantes do autor é que menciona as facetas sociais e afetivas em prol dessa construção. Ou seja, há espaço para a troca de experiências, considerando a tecnologia, assim como cultura, personalidade e motivação

O papel do professor na aula de ciências

A partir da teoria acima, o professor deve ser aquele personagem que incentiva e fortalece as potências de cada aluno, seja no individual ou no coletivo. Ele deve estar preparado e se sentir confiante para dar apoio aos estudantes em posicionamentos críticos e reflexivos. 

Essa nova abordagem pedagógica é que permite experimentar condições e formas de trabalho ainda pouco comuns. Assim, conforme Papert, é possível expandir as várias áreas do conhecimento e, inclusive, contextualizar com as ciências. 

Uma coisa é sistematizar e registrar as atividades. Outra, bem diferente que precisa ser colocada em prática o quanto antes, é testar e incentivar as percepções das novas gerações. É sobre trocar experiências e fazer muitos experimentos. 

A partir disso, os melhores caminhos se mostram com as metodologias ativas e o ensino “mão na massa”, ambos ligados à aprendizagem criativa. São ferramentas necessárias para que os docentes apoiem os estudantes em suas inovações, criações e aprendizados. 

Os experimentos científicos na sala de aula

Em uma plataforma de publicações online, encontramos um capítulo de um artigo que menciona o aprendizado construcionista baseado em Piaget e Papert. Os experimentos científicos em sala de aula criam uma aprendizagem criativa a partir de que: 

  • As pessoas constroem ativamente seu conhecimento, 
  • Articular os processos permite aprimorá-los, 
  • O aprendizado tem uma estrutura (conceitos e combinações) e 
  • Aprendemos com influência do ambiente. 

O artigo também menciona outros estudos acadêmicos, inclusive, com foco em encorajar os ambientes educacionais a investirem, cada vez mais, nas práticas construcionistas. Para tanto, há de se pensar em dimensões incentivadoras aos alunos, sendo: 

  • Pragmática – a sensação de aprender algo de uso imediato, 
  • Sintônica – sintonia com o que é importante para o aluno, 
  • Sintática – manipulação e combinação de materiais, 
  • Semântica – uso de materiais com significados e 
  • Social – integra as relações pessoais à cultura do ambiente. 

Portanto, uma ótima forma de aplicar a aprendizagem criativa em sala de aula, para ensinar ciência de maneira divertida, é realizar um trabalho pedagógico que contextualiza com o território e interesse dos estudantes.

Essa é uma proposta que vem do Papert e está presente também na BNCC (Base Nacional Comum Curricular). O desafio é construir ambientes que permitam o compartilhamento de experimentos e experiências em torno dos envolvidos. 

Experimentando a BNCC: formação continuada de professores

Até aqui, vimos que a aprendizagem criativa pode ser aplicada à sala de aula para potencializar o ensino de ciência. O que é feito construindo experimentos científicos de forma ativa e permitindo as experiências dos alunos, o que é incentivador. 

Mas, como fazer isso? A resposta está na formação continuada dos professores, que devem permitir e incentivar a construção do conhecimento se dá por meio da criação de objetos físicos e digitais. Isto é, o conceito conhecido como “experiência mão na massa”. 

Aliás, “mão na massa” é a base da proposta da Experimentando a BNCC, uma plataforma totalmente gratuita que objetiva auxiliar professores do Ensino Fundamental I na criação de atividades de aprendizagem criativa dentro das salas de aula. 

Para aplicar os conceitos do construcionismo de Seymour Papert na sua escola e incentivar os estudantes a serem mais ativos, entre em contato para saber mais sobre o Experimentando a BNCC: contato@escoladeinventor.com.br ou 16-98131-3197.

Educação STEAM: metodologias ativas no Ensino Fundamental contribuem para inserção no mercado de trabalho

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As crianças que atualmente frequentam o Ensino Fundamental representam o futuro profissional do país. Embora essa afirmação possa parecer óbvia, sua importância é muitas vezes subestimada no contexto educacional diário, o que pode se tornar uma armadilha para os professores. Afinal, a maneira como instruímos esses alunos hoje terá um impacto direto e significativo em seus futuros individuais, tanto pessoal quanto profissional, e no desenvolvimento global da sociedade. 

Trabalhar com abordagens STEAM (acrônimo para Ciência, Tecnologia, Engenharia, Arte e Matemática) é uma maneira de transformar as experiências escolares e preparar os estudantes para os desafios da vida. Continue lendo este artigo para entender mais sobre como a Educação STEAM e as metodologias ativas podem impulsionar o futuro dos alunos e abrir portas no mercado de trabalho.

Educação STEAM e o mercado de trabalho

De acordo com o estudo realizado pela Conferência Nacional da Indústria (CNI), “Educação STEAM – Insumos para a construção de uma agenda para o Brasil”, as metodologias STEAM propõem um projeto educacional interdisciplinar dinâmico, que valoriza a experimentação, criatividade, autonomia, pensamento crítico, entre outras habilidades importantes que se tornam critérios essenciais para a entrada no mercado de trabalho. 

No Brasil, a abordagem STEAM avança nas escolas, ainda, de forma extracurricular. Segundo o estudo da CNI, as iniciativas se concentram em três frentes principais: programas educacionais de organizações não governamentais (ONGs); empresas educacionais com produtos STEAM; e colégios privados com atividades STEAM nos currículos.  

Como forma de subsidiar a construção de uma agenda nacional, os projetos STEAM Territory e a Escola de Inventor, apoiados pela Fundação Siemens, foram apontados no estudo como exemplos de iniciativas com abordagens STEAM que visam desenvolver as crianças para que se tornem adultos plenos na sociedade.  

O objetivo desses projetos sempre foi o mesmo: atuar na educação básica, onde se encontra o problema inicial acerca da dificuldade de encontrar profissionais mais criativos, com pensamento crítico e mais dispostos a solucionar problemas. É aqui que as metodologias ativas atuam.  

De forma mais criativa e que encanta as crianças, a educação por meio da abordagem STEAM pode alavancar o nível de formação dos jovens para o mundo do trabalho e para a vida em sociedade. Olhando para fora, diversos países estão ampliando essa agenda através de ações que integram governo, empresas e comunidade escolar, todos interessados em atingir melhores resultados na educação. O Brasil não vai ficar de fora, pode ter certeza.

O que a educação STEAM promove nas escolas? 

Ainda de acordo com o estudo qualitativo apresentado pela CNI, a partir de uma pesquisa realizada com 20 escolas de Ensino Médio nos Estados Unidos, foram identificados elementos-chave que podem ser considerados alguns dos pilares do movimento educacional STEAM. 

  • Aprendizagem baseada em problemas (PBL, na sigla em inglês): alunos resolvem problemas para atingir objetivos em comum, sendo projetos mais extensos ou resolvidos em apenas uma aula;  
  • Personalização do aprendizado: adequa-se o aprendizado às características individuais dos alunos; 
  • Carreira, tecnologias e habilidades para a vida: são desenvolvidas habilidades úteis para qualquer local de trabalho, como comunicação e gestão do tempo; 
  • Fundamentos do trabalho em equipe: comportamentos alinhados, como a colaboração entre as pessoas da equipe e desenvolvimento de lideranças.  

Esses fatores são reconhecidos como pilares de uma escola onde se aplica a educação STEAM. Tais pilares são ferramentas essenciais para auxiliar o desenvolvimento das crianças e preparar os jovens para a vida adulta de forma mais assertiva, desenvolvendo habilidades cognitivas e socioemocionais fundamentais para que tenham boa performance no mercado de trabalho futuramente.

Experimentando a BNCC: comece a utilizar a abordagem STEAM na sua escola

Vimos que o Brasil continua mal no ranking mundial de acordo com a avaliação do PISA 2022 (sigla em inglês para Programa Internacional de Avaliação de Alunos). Com a educação STEAM, é possível elevar a qualidade da educação no Brasil e aumentar o desenvolvimento econômico e social do país. Isso porque o uso de metodologias ativas desde o Ensino Fundamental pode impactar diretamente em como o aluno chegará no mercado de trabalho: mais criativo, proativo, disposto a solucionar problemas e com um pensamento mais crítico.  

O projeto Experimentando a BNCC é um recurso educacional aberto e totalmente gratuito desenvolvido pela Escola de Inventor, que possui o objetivo de ajudar professores do Ensino Fundamental I a inserirem atividades mão na massa dentro de sala de aula, com planos de aula em vídeo que abrangem todas as habilidades específicas de Ciências da Natureza da BNCC, que propiciam que professores e alunos vivenciem a experiência de ensino-aprendizagem de forma mais ativa. 

E para isso, a Escola de Inventor busca Secretarias de Educação que tenham interesse em receber acompanhamento para implementação do conteúdo disponível na plataforma de forma 100% gratuita, incluindo a formação dos professores, acompanhamento e suporte durante todo o ano de 2024.  

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PISA 2022: Brasil mais uma vez nas últimas posições.

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PISA 2022: Como metodologias ativas podem ajudar o Brasil a subir no ranking mundial? 

Os resultados do PISA 2022 saíram e, mais uma vez, o Brasil não ocupou posições satisfatórias no ranking mundial, ficando abaixo da média. O Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (PISA, sigla em inglês), aplicado a cada três anos, é um dos principais exames educacionais do mundo realizado pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

O objetivo dessa avaliação é identificar se as crianças e adolescentes do Ensino Fundamental dominam habilidades e competências nas áreas de leitura, matemática e ciências que são essenciais para um convívio pleno na sociedade. Com isso, eles analisam se os alunos possuem a capacidade de interpretar e desenvolver ideias aplicáveis no cotidiano com o uso do pensamento crítico. 

Na última edição, realizada em 2022, vimos que os jovens brasileiros não desempenham esse papel ainda. Dentre os 81 países participantes, o Brasil ocupou a 52° posição em leitura, 62° em ciências e 65° em matemática, ficando abaixo da média geral em todas as categorias. Esses resultados obtidos pelo PISA indicam que é necessário trabalharmos para melhorar esse cenário. Vamos começar entendendo os motivos que fazem o Brasil despencar no ranking mundial.  

Por que o Brasil vai mal no PISA? 

Na última aplicação do PISA, os especialistas perceberam que o Brasil não piorou nos resultados, mas permaneceu estável desde 2009. Por um lado, esse fator é animador, tendo em vista que o exame foi aplicado logo após a pandemia de Covid-19, quando as aulas presenciais foram suspensas e o ensino impactado.  

Por outro lado, os resultados apresentados pelos estudantes brasileiros sempre foram abaixo da média. De acordo com um estudo realizado pelo Instituto de Ensino e Pesquisa de São Paulo (INSPER – Centro de Políticas Públicas), “Por que o Brasil vai mal no PISA? Análise dos Determinantes do Desempenho no Exame”, os alunos brasileiros não apresentam um bom resultado porque grande parte deles não conseguem chegar ao fim da prova.  

Isso se deve ao fato de os jovens demorarem para entender o enunciado da questão e, consequentemente, para desenvolver o raciocínio lógico sobre a resposta. Os autores do estudo apontam que o mal desempenho está relacionado aos níveis de habilidades cognitivas. 

Ou seja, é essencial que os professores trabalhem de forma que os alunos entendam vocabulário, lógica e leitura e interpretação de texto no ensino fundamental. E aqui, a plataforma Experimentando a BNCC pode ser uma excelente aliada. 

Experimentando a BNCC com metodologias ativas 

O que vimos nos resultados do PISA 2022 é um norte para começarmos a repensar em como os conteúdos estão sendo trabalhados em sala de aula. Cada vez mais, o ensino não deve ser voltado apenas à transmissão de conhecimento pelo professor, mas para estimular os alunos a trabalharem o pensamento crítico e saberem como utilizar tudo que é aprendido na escola no seu dia a dia.  

Por meio da plataforma Experimentando a BNCC, desenvolvida pela Escola de Inventor com apoio e investimento da Fundação Siemens, é possível trabalhar metodologias ativas que estimulam o aluno a pensar de forma crítica que vá além das fórmulas de ciências, promovendo a criatividade, inovação, colaboração e o empreendedorismo.   

Os planos de aula em vídeo disponíveis são gratuitos e desenvolvidos em concordância com a Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Usando-a de suporte, professores podem trabalhar metodologias ativas fazendo com que as crianças do Ensino Fundamental I aprendam de forma mão na massa, auxiliando na promoção do Letramento Científico dos alunos e estimulando-os a criarem as bases de conhecimento prático, auxiliando-os a terem um desempenho melhor em avaliações, como a do PISA.

Experimentando a BNCC na sua escola 

Temos mais dois anos pela frente para trabalharmos a forma de ensinar ciências dentro da sala de aula e mudarmos a posição do Brasil no ranking mundial do PISA. Para isso, a Escola de Inventor busca por Secretarias de Educação que tenham interesse em receber acompanhamento para implementação do conteúdo disponível na plataforma de maneira 100% gratuita, incluindo a formação dos professores, acompanhamento e suporte durante todo o ano de 2024.  

Transforme o jeito de ensinar ciências em sala de aula. Entre em contato conosco:  

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Inclusão de avaliação de Ciências da Natureza no SAEB: reflexões e oportunidades

Conhecer profundamente a realidade da educação básica no Brasil é prioridade para mensurar a qualidade do ensino das escolas. E uma excelente estratégia para isso é a prova do Sistema de Avaliação da Educação Básica, o SAEB.

O SAEB é conduzido pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Continue lendo para entender mais dessa prova e veja também um caso de sucesso da inclusão da disciplina de ciências da natureza nesse sistema.

O que é o SAEB?

Com uma abordagem abrangente e criteriosa, alcançando mais de 190 mil escolas, o SAEB proporciona insights valiosos sobre a qualidade do ensino no país, destacando áreas de sucesso e trazendo à luz os desafios a enfrentar.

Muito mais do que ser somente uma avaliação para estudantes, o exame influencia a criação de políticas públicas e diretrizes curriculares. Ao mesmo tempo, contribui para o desenvolvimento de uma sociedade mais instruída e capacitada.

Há ainda outras funções, como a de fornecer dados importantes para os indicadores educacionais que ajudam a entender o cenário da educação brasileira. Entre os quais, o principal é o Índice de Desenvolvimento da Educação Brasileira (Ideb).

O Sistema aborda várias áreas, inclusive, a de ciências da natureza. Abaixo, entenda a importância do SAEB na educação brasileira, destacando como essa avaliação contribui para a melhoria contínua e veja, também, como aplicar melhorias na sua sala de aula.

Antes disso, considere os principais níveis de desempenho que os alunos podem ter na matéria de ciências no SAEB:

  • Nível 1: conhecimento básico sobre os conceitos;
  • Nível 2: conhecimento básico sobre os conceitos e habilidade de investigação;
  • Nível 3: conhecimento dos conceitos e habilidade de investigação intermediários;
  • Nível 4: conhecimento sólido dos conceitos e boa habilidade de investigação;
  • Nível 5: domínio dos conceitos e investigação crítica.

É importante lembrar que, com base na BNCC, o Ensino de Ciências por Investigação é uma abordagem interessante de ser aplicada em sala de aula. É justamente ela que permite esse aprendizado que torna os alunos investigadores do conhecimento científico.

Ciências da Natureza no SAEB

No ano passado, conforme orientação do Ministério da Educação (MEC), houve a inclusão de ciências no SAEB. A ideia era bastante interessante: melhorar a informação e ampliar o acesso aos saberes essenciais das ciências da natureza.

Sendo assim, algumas escolas públicas e particulares do 2º, 5º e 9º ano do ensino fundamental foram sorteadas para fazer testes. E as provas já foram validadas conforme as orientações da BNCC (Base Nacional Comum Curricular).

Importante saber que as escolas sorteadas para fazer as provas não recebem resultados dessas avaliações individualmente. Isso porque a ideia é gerar uma análise média para todo o país e/ou para o estado, dependendo do objetivo.

Aqui entra uma curiosidade muito relevante. A notícia foi publicada pelo portal do estado do Ceará e diz: “estudantes sobralenses conquistam o melhor desempenho do Brasil no SAEB”. A informação nos faz refletir:

Como Sobral se tornou uma referência em educação nas escolas públicas? A resposta é dada pelo próprio Governo e algumas delas são:

  • Elaboração de um novo currículo de ciências;
  • Implantação de dois laboratórios que ensinam a solucionar problemas.

O texto ainda diz: “para além das habilidades clássicas, como saber ler, escrever e resolver cálculos, a rede municipal de ensino está desenvolvendo competências socioemocionais nos estudantes, preparando-os para se relacionarem consigo mesmos e com os outros”.

A importância do engajamento nas aulas de ciências

Após este caso de sucesso do Ceará, surge outra pergunta comum para todos os agentes envolvidos nas aulas de ciências, principalmente professores e gestores. É ela: como implementar aulas de ciências mais engajadoras para os alunos?

A resposta está no discurso do Governo do Ceará, como vimos acima, assim como nas novas abordagens que estão sendo praticadas por lá. A BNCC é um ótimo exemplo, que traz diretrizes muito mais focadas no ensino multidisciplinar. Sendo assim, separamos alguns dos motivos que colocaram Sobral na lista de referência no ensino público do nosso país.

O Governo falou em “novo currículo de ciências”, algo que é muito discutido na BNCC. As novas orientações têm muito a ver com a transdisciplinaridade, ou seja, um método que permite uma visão mais integradora e holística do mundo, sem isolar a disciplina.

Na prática, a estrutura da Base passou a explorar muito mais da tecnologia com a natureza e a sociedade. E os temas devem ser aplicados com abordagens investigativas e de experimentação, incentivando o aprendizado mais dinâmico.

No mesmo anúncio, também foi falado sobre a criação de laboratórios de experiências. Uma ótima maneira de enxergar essa expressão vem com os espaços maker, baseado na educação maker. Algo muito próximo do que conhecemos como “mão na massa”.

Isso permite que salas de aulas sejam mais do que salas de aulas tradicionais, nas quais as informações são engessadas e repassadas sem qualquer discussão. Ao contrário, um espaço maker permite uma estrutura que integra disciplinas, pessoas e conhecimentos.

Com a BNCC e o laboratório de experiência, surge uma necessidade: oferecer educação continuada e especializada para a modernidade aos professores. O que é extremamente relevante quando avaliamos as mudanças na estrutura e métodos de ensino.

Primeiro, esse ponto é fundamental para garantir que o ensino seja proveitoso e de excelência. Segundo, também tem o seu papel na hora de gerar confiança para que os professores atuem com segurança durante todo processo.

Conheça a plataforma Experimentando BNCC

A plataforma Experimentando a BNCC pode auxiliar na construção de engajamento dentro de sala de aula, impactando positivamente no ensino e na aprendizagem de ciências. Vai ao encontro de todas as propostas acima.

O recurso educacional é aberto, gratuito e oferecido pela Escola do Inventor. Ele permite que os professores acessem planos de aprendizagem para aplicar a mão na massa durante as aulas de ciências. É uma formação continuada gratuita e de excelência.

Para saber mais, envie uma mensagem para contato@escoladeinventor.com.br.

A transdisciplinaridade na educação formal: desafios e perspectivas

Falar da transdisciplinaridade na educação pode parecer complicado em um primeiro momento, mas tem uma analogia que simplifica: uma orquestra só funciona perfeitamente quando os instrumentos tocam em harmonia, transcendendo suas individualidades.

Sim, a transdisciplinaridade é como essa orquestra. Ela integra várias áreas, de modo a criar uma experiência mais holística no aprendizado. A boa notícia é que essa abordagem transforma a sala de aula em um verdadeiro laboratório de conhecimento.

O que é transdisciplinaridade?

Conforme artigo da Revista Brasileira de Educação, transdisciplinaridade é transgredir a lógica da não-contradição. Apesar de parecer ser uma síntese complexa, considere que parte dos exemplos de pares binários:

  • Sujeito e objeto;
  • Matéria e consciência;
  • Simplicidade e complexidade;
  • Unidade e diversidade.

Assim, cria-se uma lógica, a do terceiro termo incluído. Ou seja, a possibilidade de novas e diferentes perspectivas em um mesmo sistema. Portanto, foge da ideia de que uma proposição só pode ser verdadeira ou falsa, criando um estado intermediário entre ambos.

Uma forma simplificada de responder o que é transdisciplinaridade é: uma abordagem do conhecimento que, ao invés de focar em uma área isolada, integra diversas áreas, criando uma compreensão mais completa e complexa.

Dá para facilitar ainda mais esse conceito. Imagine o estudo do corpo humano, onde temos a abordagem disciplinar da biologia. Como podemos implementar uma abordagem mais integrativa e participativa no processo de aprendizagem?

Ao adicionar os conhecimentos científicos de química, de modo a entender as reações que acontecem no corpo. Ou a gente pode adicionar a área da sociologia para analisarmos como os fatores sociais impactam na saúde das pessoas. Concorda?

Portanto, essa abordagem permite uma integração de áreas, logo, uma visão mais holística do mundo. Mas cuidado para não confundir os termos inter, trans e multidisciplinaridade. Se você não sabe exatamente do que se trata, não se preocupe, vamos falar disso no tópico a seguir.

Um dos materiais mais ricos desse tema que podemos encontrar na internet é “O manifesto da transdisciplinaridade”, de Basarab Nicolescu, disponível nos arquivos da USP (Universidade de São Paulo). Ele explica a diferença dos conceitos da seguinte forma:

  • A multidisciplinaridade é o estudo de um objeto por várias disciplinas ao mesmo tempo, ou seja, é uma ampla abordagem inscrita em uma mesma estrutura;
  • A interdisciplinaridade é a transferência de métodos de uma disciplina para outra, podendo ser em grau de aplicação, epistemológico ou geração de novas disciplinas;
  • A transdisciplinaridade indica o que está entre, através e além das disciplinas, sendo que o objetivo é o entendimento do mundo por meio do conhecimento.

Dessa forma, a transdisciplinaridade não é contrária à inter ou à pluridisciplinaridade, mas complementar, sendo vistas como “flechas de um mesmo arco, o do conhecimento”. No entanto, muda o fato de não fazer parte da pesquisa disciplinar.

Os desafios da transdisciplinaridade na sala de aula

Entender o que é transdisciplinaridade, de fato, não é tão complicado assim, como vimos acima. Mas, a partir disso, vem a reflexão: como aplicar a abordagem transdisciplinar na sala de aula? De fato, temos um cenário desafiador, especialmente, quando consideramos os temas:

A estrutura física é uma das barreiras para a transdisciplinaridade nas escolas. O motivo é que esses ambientes são feitos para terem aulas separadas por disciplinas. Toda escola tem a sala de cada turma, não é?

Só que agora estamos diante de um momento muito mais integrador e a falta de espaços comuns será um desafio a ser vencido. Nestes casos, as salas de pesquisas ou computação e os laboratórios multifuncionais são ótimas soluções.

Vimos que a transdisciplinaridade integra áreas. Então, é preciso criar projetos que façam isso, engajando alunos, o que resulta em uma tarefa bastante complexa. Ainda pensando no currículo, como avaliar essa disciplina? Bem, os projetos vão exigir mais esforço e mais tempo dos professores, com certeza. Mas vale a pena! Além disso, saiba que provas e testes não vão funcionar nesta abordagem, já que devemos considerar uma compreensão holística dos estudantes.

Não podemos deixar de mencionar outro desafio: o da formação superior do professor. A maioria desses profissionais tem base que vem de um sistema de educação tradicional, no qual cada disciplina é vista de maneira isolada.

Chegou a hora de romper barreiras com uma visão diferente na forma de ensinar e aprender. Eles precisam estar preparados para lidar com o novo, criando ambientes propícios e confortáveis para os alunos e as conexões das áreas.

As perspectivas da transdisciplinaridade na educação

Apesar de apresentar cenários desafiadores, a implementação da transdisciplinaridade nas escolas é um “investimento” compensador. Afinal, traz consigo um ensino muito mais holístico e engajador, com a participação ativa de alunos e integração de disciplinas.

Entre os principais benefícios:

  • Desenvolvimento de habilidades e competências modernas;
  • Estímulo à pesquisa e inovação;
  • Aprendizagem contextualizada em várias áreas;
  • Formação de pessoas críticas e participativas;
  • Promoção da inclusão e da diversidade.

Para acontecer, é preciso que todos os agentes estejam envolvidos nos projetos educacionais que vão ao encontro dessa abordagem. É uma mudança, especialmente, de mentalidade.

Uma ótima perspectiva vem com a Proposta Curricular Nacional (PCN), que traz os temas transversais como relevantes na proposta. Logo, é um assunto que se conecta diretamente com o que está sendo mencionado neste conteúdo, a transdisciplinaridade.

Um exemplo vem da promoção da sustentabilidade, viável em ambos os conceitos, da PCN e da integração das disciplinas. A partir disso, é possível conectar áreas, como biologia, história e sociologia, a fim de trazer várias dimensões das ciências da natureza. Do mesmo modo, esse incentivo também valoriza a cultura local e a diversidade, promovendo o respeito entre os grupos. E, tão logo, aproxima os estudantes das suas perspectivas, do dia a dia. Além de integrar, aproxima da realidade também.

A transdisciplinaridade como abordagem de ensino

Portanto, em meio aos desafios e perspectivas, temos a transdisciplinaridade na educação formal como uma abordagem para potencializar o ensino, de maneira a construir uma educação mais holística, engajadora e integradora de conhecimentos.

Lembra da analogia com a orquestra? O objetivo nunca é excluir um instrumento, mas criar uma experiência sonora única e emocionante. Do mesmo modo, a partir das especificidades de cada área, a transdisciplinaridade possibilita uma melodia rica em aprendizado.

Em um mundo cada vez mais conectado, a educação não pode ser fragmentada. Essa é uma demanda do século e a jornada holística de aprendizado é uma das respostas!

Todo educador tem papel importante em orquestrar essa sinfonia educacional, dando voz às singularidades e integrando saberes. Se você é um deles, aqui está um convite para conhecer o Ciência Mão na Massa e as Formações Híbridas da Escola do Inventor.

Afinal, também acreditamos na transdisciplinaridade como ferramenta para a educação.

A abordagem do Ensino de Ciências por Investigação (EnCI) como potencial promotora da Alfabetização Científica (AC)

Já ouviu falar em transcender o conhecimento em uma sala de aula? A expressão parece teórica, mas não é. Como veremos neste blog, o Ensino de Ciências por Investigação tem tudo a ver com essa ideia de permitir que estudantes se tornem investigadores do saber científico.

Também está relacionada com a promoção da Alfabetização Científica, que é o entendimento do o que é e como é construído o conhecimento científico, bem como as relações que ele estabelece com a tecnologia, o ambiente e a sociedade. Tudo isso enquanto coloca o aluno como protagonista da aprendizagem. Assim, ele aprende ciências com clareza, consciência, tecnologia e muita mão na massa! Continue lendo e surpreenda-se!

O que é o Ensino de Ciências por Investigação?

O conceito de ensino por investigação foi muito bem definido em uma pesquisa divulgada na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), que menciona a ideia de abordagem didática e não método. Assim, torna-se uma proposta para as aulas de ciências de modo a:

“[…] possibilitar que estudantes construam, por meio do envolvimento de resolução de situações-problema, entendimentos sobre conceitos científicos, bem como práticas e atitudes que se assemelham às da própria ciência”.

Essa abordagem vai ao encontro do que acreditam os mais célebres pesquisadores e psicólogos que existiram, como Vygotsky e Leontiev. Ambos falam da importância do meio social e de ter o aluno o mais participativo possível durante as aulas, a fim de tornar significativo o processo de aprendizagem.

Uma vez que suas próprias experiências podem condicionar e influenciar na apropriação de novos significados e sentidos para o mundo natural e as situações em estudos”, como menciona a pesquisa da UFMG. Portanto, o EnCI tem a proposta de estimular os estudantes a participarem das aulas formulando perguntas, realizando experimentos, analisando os dados e construindo, assim, o próprio conhecimento. Algo bem diferente do ensino tradicional.

De maneira geral, as principais características do EnCi são:

  • Abordagem centrada no aluno;
  • Aprendizagem com base em situações reais;
  • Foco na experimentação de soluções por meio de métodos científicos;
  • Promoção da cultura científica.

E, ainda mencionando o estudo acima, uma das conclusões é a de que essa abordagem pode unir duas culturas: a científica e a escolar.

Isto reforça esse ensino como abordagem, independente das estratégias específicas, mas vinculado a ações, práticas, regras e crenças. O ensino por investigação torna-se realidade em sala de aula […]”.

O que é a Alfabetização Científica?

Mas de que maneira o EnCI colabora com a Alfabetização Científica? Para responder essa pergunta, antes, precisamos definir o conceito. Inclusive, a primeira coisa importante aqui é saber que vários sinônimos podem ser usados, como:

  • Letramento científico e;
  • Literatura científica.

Sabendo disso e com base no estudo publicado na Universidade Federal do Rio do Grande do Sul (UFRGS), chegamos à ideia do que é a alfabetização científica da seguinte forma: “aulas que promovem a inserção dos alunos na atual cultura científica, compreendendo-a como sendo influente e influenciada pelo meio socioeconômico em que é produzida”.

Ou seja, um conjunto de atividades, tarefas e conhecimentos que possibilitam aos alunos compreenderem o mundo de maneira científica, sendo mais crítica e reflexiva do que as abordagens tradicionais que, geralmente, focam na memorização das informações prontas.

Sendo assim, a alfabetização científica traz pontos como:

  • Interpretação de informações de forma crítica;
  • Análises de dados com identificação de vieses e falhas;
  • Compreensão da relação de ciências com tecnologia e a sociedade;
  • Tomada de decisão informativa, crítica e baseada em dados.

Como aplicar o Ensino de Ciências por Investigação?

Após os conceitos, considere que o Ensino de Ciências por Investigação pode ser aplicado na educação formal e não-formal. Sendo que em todo caso trará benefícios como o pensamento científico, autonomia, engajamento e incentivo à aprendizagem.

Na educação não-formal, os melhores exemplos vêm dos museus, planetários, programas de televisão ou plataformas online, além das redes sociais e leituras de livros. Já na formal, acontece, principalmente, nas aulas de ciências e projetos de pesquisas.

Mas como implementar tal abordagem em sala de aula? Outra pesquisa, agora do Ensaio de Pesquisa em Educação em Ciências de Belo Horizonte, cita a importância de ter espaços adaptados para as disciplinas.

“[…] dimensões históricas e sociais da escola podem influenciar a maneira como os conteúdos são trabalhados e influenciar o estabelecimento […], que podem acarretar abordagem que pouco se relacionam com a área de conhecimento que representam”.

A pesquisa sugere o uso de indicadores, tais quais:

  • Trabalho com as informações e dados disponíveis;
  • Levantamento e teste de hipóteses construídas pelos estudantes;
  • Explicações sobre fenômenos em estudos;
  • Uso do raciocínio lógico e raciocínio proporcional.

Portanto, temos alguns apontamentos que oferecem direcionamento para o planejamento e a avaliação de situações em que a alfabetização científica esteja em pauta”.

O estudo da UFRGS concorda com isso. Ele menciona um conjunto de ações que relacionam fontes e ações para fazer nas aulas de ciências. Por exemplo, indução, dedução, causalidade, definição, classificação, analogia, exemplo, plausibilidade etc.

As teses citadas aqui vão ao encontro da formação de professores para lidarem com essa modernidade e oportunidade da educação. Afinal, é preciso ensinar conteúdos que não fizeram parte da formação acadêmica e usando recursos que até então não existiam.

Para vencer esse desafio, há duas dicas objetivas. A primeira é seguir a orientação da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), uma norma que indica novas competências curriculares. Outra é investir em espaços criativos e interativos, os espaços maker!

Espaço maker como solução!

O que é o espaço maker? O termo vem de “cultura maker”, dos Estados Unidos, que surgiu na década de 1960. A ideia é a de estimular a criatividade, inovação e colaboração das pessoas, ou dos alunos no caso do ambiente escolar.

Esse modelo era visto como atividade extracurricular, só que tem se tornado uma forma de aprendizagem que permite a construção e personalização de experiências em sala de aula. Atualmente, a plataforma Experimentando a BNCC é o melhor exemplo que existe! Imagine um plano de aulas com atividades do tipo mão na massa? Por exemplo, catalogar as folhas encontradas no caminho. Isso é uma experiência incrível para o aluno, não é? É um dos planos criados pela plataforma, veja uma breve explicação no vídeo abaixo:

Se quiser saber mais sobre a plataforma e como criar um espaço maker na sua sala de aula, entre em contato: contato@escoladeinventor.com.br ou 16-98131-3197.

Experimentando a BNCC: Planos de aula em vídeo com atividades mão na massa de ciências para Ensino Fundamental  I

Ensinar Ciências no Ensino Fundamental 1 é algo que pode ser feito de forma engajadora e divertida, quando apoiado por meio das chamadas Metodologias Ativas.

Imagine-se em sala de aula, diante de um conteúdo complexo que consta na Base Nacional Comum Curricular (BNCC).

Mas vá além, e imagine que além de apresentar textos, explicar e aplicar uma prova, você precisa garantir que as crianças aprendam, de fato, aquele conteúdo. 

Mais do que cumprir a BNCC, os professores desejam que todas as crianças saibam aplicar – e até mesmo ensinar – fora da escola o que aprendem em sala de aula.

Por isso, trabalhar os conteúdos de ciências com uma aprendizagem mão na massa e ativa pode transformar a sua sala de aula em um ambiente de experimentação, descoberta e criatividade.

A plataforma Experimentando a BNCC foi desenvolvida pensando justamente nisso: apoiar o processo de ensino-aprendizagem em sala de aula por meio da proposição de atividades mão na massa alinhadas a BNCC.

Interessante, não é mesmo?

Experimentando a BNCC e Metodologias Ativas 

A plataforma Experimentando a BNCC foi desenvolvida para facilitar a inclusão de atividades de ciências em sala de aula por meio de planos de aula em vídeos.

O objetivo é entregar atividades mão na massa para serem desenvolvidas com os alunos do Ensino Fundamental 1 e, por meio delas, garantir que as crianças não só aprendam ciências, mas tenham um pensamento crítico sobre a atividade desenvolvida e sobre a vida.  

As videoaulas são pautadas em Metodologias Ativas, que visam desenvolver a autonomia e o protagonismo do estudante durante seu período na escola.

Os alunos são encorajados a desempenhar um papel mais ativo no seu próprio processo de aprendizagem, enquanto os professores assumem o papel de orientadores, acompanhando o desenvolvimento prático do que foi ensinado.  

A importância de Metodologias Ativas no Ensino Fundamental 

O momento de aprendizagem de conceitos científicos em sala de aula é uma oportunidade para preparar os alunos para os desafios que os aguardarão quando crescerem, desenvolvendo habilidades sociais, pessoais e tecnológicas desde cedo.

Dessa forma, as metodologia ativas são uma poderosa aliada na construção de projetos STEAM – um acrônimo em inglês para ciências, tecnologia, engenharia, artes e matemática – que ao integrar os conhecimentos dessas áreas, colabora nessa missão ao estimular a proatividade, promover a inovação, cultivar a empatia e fomentar a criatividade, ao mesmo tempo em que desenvolve habilidades e atitudes essenciais para que os alunos se tornem bons adultos, críticos e bem capacitados.  

Escola de Inventor e Fundação Siemens 

Uma plataforma digital aberta e gratuita para que o professor possa se inspirar e criar uma série de atividades “mão na massa” ligadas às habilidades de Ciências que precisam ser desenvolvidas com os alunos, seguindo as diretrizes da BNCC, a Base Nacional Comum Curricular.

Batizada de Experimentando a BNCC, a parceria desenvolvida entre a Fundação Siemens e a Escola de Inventor vai incrementar o trabalho de docentes que precisam compartilhar conhecimento e fazer com que estudantes desenvolvam competências e habilidades esperadas ao longo da escolaridade básica, trazendo a aprendizagem criativa, a investigação e a experimentação. 

“Essa metodologia de experimentação científica, através da plataforma que é 100% gratuita, traz instrumentalidade aos professores para que possam desenvolver em seus alunos um melhor entendimento do mundo, por meio da aprendizagem criativa”, diz Livia Ribeiro Viana, da Fundação Siemens.

“Esse projeto teve o desafio de se reestruturado durante a pandemia, sendo construído a partir das práticas trazidas pelo Projeto Experimento original, mas acrescidas de novas atividades mão na massa em vídeo, que podem ser acessadas pelos professores diretamente na plataforma”, diz João Guilherme Camargo dos Santos, da Escola de Inventor.  

Experimentando a BNCC na sua escola  

A plataforma Experimentando a BNCC é um recurso educacional aberto e totalmente gratuito, que possui o objetivo de ajudar professores do Ensino Fundamental 1 a inserirem atividades mão na massa dentro de sala de aula, com planos de aula em vídeo que abrangem todas as habilidades específicas de ciências da BNCC. 

E para isso, a Escola de Inventor busca Secretarias de Educação que tenham interesse em receber acompanhamento para implementação do conteúdo disponível na plataforma de forma 100% gratuita, incluindo a formação dos professores, acompanhamento e suporte durante todo o ano de 2024.  

Caso tenha interesse em transformar a forma de ensinar ciências em sala de aula, entre em contato conosco!
E-mail: joao@escoladeinventor.com.br 
WhatsApp: 16 98131-3197 

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